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Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 movimento ciência cidadã

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A energia elétrica e o horário de verão: economia ou subeconomia?

A energia elétrica e o horário de verão: economia ou subeconomia?

Políticas Públicas

Autor(es): Paulo Brack

Terminou neste sábado, 15 de fevereiro, o horário de verão, que começou em meados de outubro. A prática de adiantar o horário em uma hora, na maior parte do País, vem sendo adotada desde meados do século passado, como uma forma de se diminuir o consumo em horas de pico. O governo federal, por meio do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), afirma que a medida levou a uma redução da 4,1% da demanda por energia de ponta nos sistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, ou seja, no horário de pico de consumo - principalmente na hora do banho com chuveiro elétrico - redundando em uma redução de 2,57 GW, e uma economia de R$ 405 milhões [1]. Porém, enormes contradições ocorrem, citando-se aqui a situação de que 88% dos domicílios aquecem a água do banho com chuveiro elétrico, e que, ao contrário, poderiam ter valores expressivos de energia solar em um país eminentemente tropical [2]. As lâmpadas incandescentes, que perduram no Brasil, já foram eliminados na maior parte dos países, e, juntamente com os chuveiros elétricos, são tecnologias ultrapassadas e de altíssima ineficiência, mas consideradas “baratas”, dentro da lógica de uso imediatista, que gera elevado consumo de energia e lucros crescentes a setores econômicos que se beneficiam disso.

Tipo: Artigo

Idioma: Português Br

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